DEBATE EM LUIS
EDUARDO REUNIU ONZE CANDIDATOS
Cinco candidatos a
deputado estadual e seis postulantes a câmara federal pela bacia do Rio Grande
responderam ao convite da Pastoral da Juventude (PJ) - Diocese de
Barreiras, e participaram no último sábado (14/ago), em Luis Eduardo Magalhães,
de um bom debate de idéias e propostas.
O pátio da Paróquia São
José, no bairro Santa Cruz, recebeu um pouco mais 150 de jovens, que além de
Luis Eduardo Magalhães, vieram de outras cidades, tais como Formosa do Rio
Preto, São Desidério, Barreiras e Tabocas do Brejo
Velho.
Estiveram presentes os
candidatos, Antonia Pedrosa (PMDB), Jorge Mota (PDT), Kelly Magalhães (PCdoB),
Regina Figueirêdo (PSB), Rogério Tavares (PSC) e William James
(PV), postulantes a assembléia legislativa da Bahia.
Já entre os pretensos
deputados federais, Karlúcia Macêdo (PMDB), Miro da Santa Luzia (PTdoB), Renato
Santos (PSOL), Saulo Pedrosa (PSDB) e Ticar (PSDB) marcaram
presença.
Apesar de não ter sido
permitido confronto direto entre os candidatos, os mesmos se engalfinharam
indiretamente em suas palavras. Destaque para os embates entre Regina Figueirêdo
(PSB), Antonia Pedrosa (PMDB) e Kelly Magalhães (PCdoB). Porém, entre os
principais federais, nada de bala trocada.
Por conta de algumas
confusas perguntas, e do abuso retórico dos candidatos, boa parte dos
questionamentos não foram respondidos com clareza.
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FICHA LIMPA: QUAL SUA
POSIÇÃO SOBRE O PROJETO E COMO ESTÁ SUA FICHA?
Na ordem do sorteio
realizado pela coordenação do debate.
William James (PV): “Aprovo a Lei e minha ficha é
limpa. Apesar do senador Francisco Dornelles (PTB/RJ) ter descaracterizado o
projeto, tem candidatos do Oeste, caso eleito em outubro, não poderão assumir o
mandato por conta da nova Lei”.
Rogério Tavares (PSC): “Sou ficha limpa e exemplo para
Barreiras”.
Kelly Magalhães (PCdoB): “Sou favorável e não respondo a
nenhum processo, sou ficha limpa. Acredito que só o povo é quem pode limpar a
política, na hora de votar”.
Saulo Pedrosa (PSDB): “Sou a favor. Quanto ao meu
registro no TRE, enfrento problemas por ter cumprido justamente a Lei, ao ser
obrigado judicialmente a pagar o 13º salário dos secretários municipais de
Barreiras em 2007, o que custou a reprovação de minhas contas. Como cidadão numa
fui processado”.
Jorge Mota (PDT): “Sou literalmente a favor, e além
de ser limpo sou puro”.
Karlúcia Macêdo (PMDB): “Sou a favor. Tenho ficha limpa e
meu registro está deferido. É preciso vencer aqueles políticos viciosos,
principalmente os que compram votos”.
Mira da Santa Luzia (PTdoB): “Sou a favor. Tenho 57 anos e na
minha vida inteira nem se quer revistado pela polícia
fui”.
Renato Santos (PSOL): “A favor. Se dependesse das
câmaras (câmara e senado) o Ficha Limpa não aconteceria. A sociedade brasileira
teve a soberania arranhada pelo senador Dornelles. Minha ficha é
limpa”.
Antonia Pedrosa (PMDB): “Sou a favor, e creio que a Lei
do Ficha Limpa é um dos principais projetos já criados pelo parlamento
brasileiro. Sou ficha limpa e minha candidatura foi deferida sem
problemas”.
Regina Figueirêdo (PSB): “Entendo que a Lei do Ficha Limpa
é um aprimoramento, até por que é preciso ser previsto também o uso da máquina
pública por candidatos. Eu tenho intolerância ao uso da máquina pública. Tem
gente suja que não foi pega, por isso é preciso acompanhar e investigar a vida
pregressa de alguns. Sou a favor e minha ficha é
limpa”.
Ticar (PSDB): “É claro que sou a favor. Sou
ficha limpa. Mas, é preciso acompanhar os que gastam o dinheiro da merenda
escolar em campanha eleitoral, e principalmente aqueles que jogam o dinheiro
público no lixo como se fosse papel higiênico”.
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QUAL SUA CONTRIBUIÇÃO OU PROPOSTA PARA
PÔR FIM AO EXTERMÍNIO DA JUVENTUDE?
Miro da Santa Luzia (PTdoB): “Sou membro fundador da associação de
moradores do Bairro de Santa Luzia, faço parte da Pastoral Carcerária, conheço a
miséria, e minha proposta é que a população defina o valor do salário dos
políticos, sendo assim, os mesmos darão valor aos jovens e aos pobres”
Jorge Mota
(PDT): “Mais escolas e menos cadeia”.
Kelly Magalhães
(PCdoB): “Como vereadora reeditei a Lei da meia-passagem e criei o
pré-vestibular gratuito nas escolas municipais. Desejo contribuir na luta contra
o uso de drogas, principalmente o crack”.
Karlúcia Macêdo
(PMDB): “Como professora auxiliei milhares de jovens, principalmente aqueles que
precisavam concluir o ensino médio. Lutarei em defesa do ensino supletivo e pela
educação profissionalizante”.
Saulo Pedrosa
(PSDB): “Eu trouxe a delegacia e a justiça federal, a UFBA, e executou 54
projetos ligados aos jovens em risco social. Defendo o fechamento da cadeia
produtiva local com a industrialização, e assim a geração de emprego e
renda”.
William James
(PV): “Como cidadão criei a ONG Esperança, onde instalei um telecentro digital.
Defenderei a educação como prioridade em meu mandato”.
Antonia Pedrosa
(PMDB): “Participei de um projeto social quando funcionária do Banco do Brasil.
Como 1ª Dama de Barreiras ajudei o projeto Sentinela. Defenderei o modelo de
polícia pacificadora e a implantação de um hospital para reabilitação de
drogados no Oeste”.
Regina Figueirêdo (PSB): “Como vereadora instituí uma Lei que determina o
fechamento de ambientes comerciais que permitam o abuso e a exploração infantil.
Acredito que a violência não é pontual: a falta de saúde e educação também são
formas de violência. Defenderei a reformulação da grade curricular, incluindo a
educação profissionalizante obrigatória nas escolas
estaduais”.
Renato Santos
(PSOL): “Quem extermina a juventude é a polícia, tanto a militar como a
civil. Combater a violência sem inclusão social é balela. Defendo
que a própria comunidade deva estabelecer quais são as prioridades e ações a
serem implementadas ”.
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LIMITE DE PROPRIEDADE
DA TERRA, QUAL SUA POSIÇÃO?
Regina Figueirêdo (PSB): “Entendo que cada região do Brasil
deva definir sua própria Lei. Defendo que as terras não devam ser
comercializadas e entregues a grupos estrangeiros, por acreditar que isso ameaça
a soberania nacional”.
- A vice-prefeita
denunciou a expulsão de colonos de uma fatia de terra equivalente a 250 mil
hectares localizadas entre Jupaguá (Cotegipe) e Mansidão, praticada por
estrangeiros e jagunços da região.
Antonia Pedrosa (PMDB): “Não tenho opinião formada sobre
o tema. Porém, acredito que mil hectares é pouco e acima de 40 mil é um exagero.
Creio que devamos debater com mais profundidade, ou teremos uma guerra civil”.
Renato Santos (PSOL): “Sou a favor. Defendo o limite
máximo de mil hectares. O meu partido é o único no Brasil a defender essa
bandeira”.
fonte: http://www.zda.com.br/ |
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